Hidrografia
O Seixal, concelho ribeirinho, encontra-se na periferia do amplo estuário do Tejo, conhecido vulgarmente por "Mar da Palha". Em frente de Lisboa e voltadas para esta extensa massa líquida, situam- se as praias fluviais concelhias da Ponta do Mato, da Ponta dos Corvos, da Estação do Comboio e da Azinheira.
Trata-se de uma zona de fundos baixos e de vasas arenosas onde as calas de acesso ao cais do Seixal, da Siderurgia Nacional e do Barreiro constituem exceção.
Para além desta vasta área estuarina bordejante , um dos factos mais salientes da geomorfologia do Seixal, é o tratar-se de um concelho profundamente penetrado pelo Tejo, através dos seus braços estreitos que lhe entram pela terra dentro - os esteiros ou abras. Os esteiros são realmente uma estrutura geomorfológica muito típica e característica de toda a margem sul o estuário do Tejo, tendo influenciado indubitavelente a vida destas populacões. Na área do concelho do Seixal encontramos três destes acidentes geomorfológicos: o esteiro do Judeu, o de Corroios e o de Coina, conferindo-lhe um aspeto recortado e pitoresco. Nalguns destes esteiros desenvolveram- se sapais e salgados que constituem as zonas privilegiadas para a fixação da avifauna.
O esteiro do rio Coina, que separa o concelho do Seixal do Barreiro, é o mais vasto e profundo, sendo no entanto o menos conhecido pelo difícil acesso. Começa junto da Ponta da Azinheira prolongando-se pelos Paulistas, Breyner, Siderurgia Nacional e Palmeira até ao Zeimoto, já nas proximidades de Coina.
Na área mais a sul deste esteiro, existe uma zona de sapal muito importante, em que a· presença humana é muito reduzida e o património ornitológico riquíssimo. Este facto deve-se a extensa vedação feita ao longo dos terrenos terraplanados, para a instalação da segunda fase da Siderurgia Nacional e que hoje são destinados ao Parque Industrial do Seixal. É aqui nesta área que aparecem algumas espécies que, habitualmente não frequentam os restantes esteiros do Seixal. O esteiro do rio Judeu estende-se para sul, do Seixal a Torre da Marinha, tendo nas suas margens as vastas zonas urbanas de Arrentela e Amora. Predominam os lodaçais na baixa-mar. As zonas de sapal são escassas, sendo de todos o menos rico em termos de avifauna aquática e ribeirinha. 0 esteiro de Corroios estende-se para poente da vi la do Seixal ate Santa Marta de Corroios . Engloba vários recantos no Talaminho , Alfeite e Rouxinol. Inclui o maior sapal salgado do concelho, que pelo seu fácil acesso também e o mais estudado.
O nome de rio "Judeu"
Sapais
A área do estuário do Tejo, composta pela Baía do Seixal e zonas de sapal adjacentes, engloba o sapal de Corroios/Talaminho, o sapal dos Viveiros de Santa Marta, o sapal da península do Alfeite, o sapal do rio Judeu, o sapal da Azinheira e o sapal de Coina, e respetivas faixas de proteção, num total de 1 290 ha, correspondente a 52% da área total da Reserva Ecológica Nacional (REN) do concelho, e a cerca de 13,4% da área total do município.
Os sapais destacam-se pelas condições que oferecem, nomeadamente, ao nível da biodiversidade, enquanto base de toda a cadeia alimentar e refúgio para a reprodução de aves e peixes, das alterações climáticas, uma vez que além de serem sumidouros de carbono, têm uma grande importância no controlo da erosão das margens, pela estabilidade que lhes conferem através da fixação de sedimentos, e da biorremediação, intercetando e retendo a água das zonas superiores, controlando as inundações e filtrando os poluentes, contribuindo para a melhoria da qualidade da água e para o equilíbrio ecológico das áreas envolventes.
Fonte: http://www.cm-seixal.pt/seixal-appe/2017/seixal-appe
Os sapais destacam-se pelas condições que oferecem, nomeadamente, ao nível da biodiversidade, enquanto base de toda a cadeia alimentar e refúgio para a reprodução de aves e peixes, das alterações climáticas, uma vez que além de serem sumidouros de carbono, têm uma grande importância no controlo da erosão das margens, pela estabilidade que lhes conferem através da fixação de sedimentos, e da biorremediação, intercetando e retendo a água das zonas superiores, controlando as inundações e filtrando os poluentes, contribuindo para a melhoria da qualidade da água e para o equilíbrio ecológico das áreas envolventes.
Fonte: http://www.cm-seixal.pt/seixal-appe/2017/seixal-appe